sexta-feira, 30 de abril de 2010

Dor que domina a alma.


Minha vida, nunca foi uma perfeição. Henrique, era o garoto mais perfeito de minha escola, minhas amigas enlouqueciam só de vê-lo passar. Era ridículo o modo na qual elas se apressavam em se arrumar para ele as notar. Por outro lado, eu não estava nem ai se meu cabelo estava ruim ou se minha boca tinha o odor de uma meia. No fundo, eu achava sim ele legal – ok, bonito também -. Todo ano, minha escola faz uma festa, nunca tinha ido; minhas amigas têm o dom de me convencer. Resolvi ir, afinal, o que poderia acontecer?
Era sete e meia todos já estavam na porta do colégio.
Quando as meninas avistaram Henrique, começaram a disputar quem conseguiria “ficar” com ele, ao perceber minha cara de interrogação, elas olharam pra mim e riram dizendo “você, desculpa amiga, mas você não tem chances”. E quem disse que eu queria algo?
A festa estava um tédio, não sabia dançar, todos a minha volta se beijavam e minhas amigas ficavam olhando Henrique, que volta e meia olhava para nós, quer dizer, elas.
A minha sede era incontrolável, e fui comprar algo para beber, avisei-as (minhas amigas) que já voltava, pra dizer a verdade, ela não se importavam!
Quando chego no “caixa” Henrique está lá também e incrivelmente me cumprimenta. O QUE? Olho ao meu redor para ver se sou eu mesma; ele ri e diz que é comigo. Meu espanto é tão grande que derrubo um pouco de água em minha roupa, peço desculpas, - não sei porque, afinal, derrubei em mim e não nele-. Ele fala que a festa está chata, e resolvemos nos sentar. Após exatamente 8 minutos de conversa, o inesperado acontece. Ele toca minha mão de um jeito engraçado. Seu nervosismo o faz assoprar sua franja. Vamos nos aproximando e sim, a garota que “não tinha chances” teve uma.
Segunda feira na escola, minhas amigas não olham para mim;
Henrique chega, me da um beijo na bochecha e diz que quer falar comigo. Vou ate ele, e de repente ele tira um anel do bolso. Só podia estar participando de uma “câmera escondida” que estaria ao vivo na TV naquele exato momento. Mas não, ele simplesmente me pede em namoro. Lágrimas de felicidade escorrem pela minha face. Jamais poderia imaginar que aquilo estava acontecendo comigo, era gente gritando por todo lado. Fiquei sem reação por fora, mas por dentro estava pulando de felicidade.
O tempo passou, fui descobrindo que Henrique era sim perfeito. O engraçado, era que sempre ele ia a baladas e nunca me chamava, ah, mas ele deve saber que não gosto muito de lugares como esse.
Um dia, estava mexendo em seu celular, Uma Cláudia dominava sua caixa de entrada, poderia ser uma melhor amiga ué. Resolvi abrir as mensagens; o celular cai no chão. Meu estado é de choque, a mensagem dizia “foi muito boa a noite meu lindo. Guardo aquele lençol até hoje. Te amo “ nas outras avia fotos deles juntos e o pior – se beijando. Será que apenas um dia não podia ser feliz?
Naquele mesmo lugar –pracinha da escola – virei pra ele chorando muito e dei-o um tapa. Era inútil aquilo, minha vontade era de matá-lo.
Joguei fora fotos de nós, quis apagar as lembranças, joguei meu celular, com todas aquelas mensagens melosas longe. Sai correndo, ele veio atrás pediu para eu esperar, mas, meu orgulho não me deixou ficar.
Hoje não me entrego a mais ninguém, minha felicidade se encontra trancada numa caixa na qual ainda não achei. Minhas lágrimas agora são parte do meu dia a dia. Meu coração foi quebrado em mil partes, e jogado para cachorros esfomeados. No meu peito, mora a desilusão, sofrimento e a angustia. Minha vida perdeu a graça, a felicidade dos outros me deixa pra baixo. Minhas palavras são sinônimos de tristeza. A única parte do meu dia é quando estou dormindo; em meus sonhos posso fazer da minha vida um lugar perfeito.
Nunca mais vou me entregar....
Esse texto foi feito a pedidos da Beatriz Camargo, a melhor amiga que tenho que está me apoiando com esse blog e que a cada dia que passa me faz mas feliz apenas com o seu sorriso.Obrigada Bia por estar do meu lado esse tempo todo... minha melhor leitora!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Nem tudo estava perdido...

Era tarde de verão. O calor era de 35º, mas aparentava 50º. Toda turma decidiu sair para se refrescar, Giulia, tinha piscina em casa e resolveu fazer uma festa lá.

Era 14h26min todos estavam com seus trajes de banho, se esbaldando, como se tivessem 5 anos. Eu era a única que ainda estava de uniforme. Resolvi me sentar perto do arbusto, era o único lugar onde avia sombra. Minha presença era fútil, ninguém percebia que eu estava ali. Após um longo período, decidi ir embora, a única pessoa na qual me despedi foi dona Clara mãe de Giulia. Não queria ir para casa, decidi ser guiada por meus passos. Minha única companhia era meu MP5, ele era meu refugio.

Moro em Parati – Rio de Janeiro, não era difícil encontrar uma cachoeira; foi só andar mais um pouco e me deparar com uma. Ao perceber que estava sozinha, resolvi colocar meu biquíni. Saltei de uma rocha que se localizava próxima de mim – sem medo – agora, só me importava o vento em minha face. Era possível escutar o barulho das águas batendo nas rochas de longe. Meu celular tocava, fui nadando atender, era Luis, meu melhor amigo, ele estava na festa de Giulia e agora (após 3horas ) que percebeu que eu não estava mais ali, perguntou se tinha acontecido algo, respondi simplesmente estava cansada de pessoas ridículas; ele perguntou onde eu estava, após eu responder ele disse que estava vindo. O problema agora era eu. Não estou dentro do padrão de beleza perfeito, ao contrario, sou meio cheinha e tenho celulite.

Luis era o garoto mais bonito de nossa turma, muitos achavam ridículo ele ficar perto de uma garota que ama matemática, Luis nunca deu bola pra isso, pois segundo ele, amizade não é aparência e sim mente! Mas o que ele não sabia é que eu sou louca por ele e não tenho coragem de dizer isso. Toda vez que eu o vejo, sinto meu coração pulsar mais forte, como se eu fosse um imã e ele algo a base de ferro; mesmo quando estava frio, o abraço dele me fazia suar. Eu experimentei uma sensação que até então não conhecia. O que doía em mim era o fato dele ir nas baladas e depois vir me contar sobre as garotas que estavam lá e quantas ele “ficou”.

Enfim, ele chegou –para minha felicidade- já foi tirando a roupa e se jogando. Era impossível eu olhar pra ele e não querer tocá-lo. Luis veio se aproximando de mim, que estava atrás de uma planta. Falei que estava com vergonha, ele com aquele sorriso que me acalma falou que não se importa com o que eu aparentava e sim o que eu sou. Aquilo me arrepiou, como nunca.

Resolvi largar de besteira e ir ao seu encontro. Devo confessar que foi o melhor dia da minha vida.

Já era tarde. Nos arrumamos e fomos embora, ele disse que me levaria até em casa – um ato difícil entre os garotos- entrando na rua de casa, ele disse que precisava me contar uma coisa. Ele para, olha nos meus olhos, fica pensando nas palavras. Eu abaixei a cabeça séria, e a levantei com um sorriso, não sei de onde tirei coragem mas falei ‘ não precisa dizer, seu olhar já diz tudo’ ele sorriu, se ele falou mais alguma coisa não percebi, estava muito ocupada ao perceber que os seus lábios tocavam os meus.

Eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo comigo...

terça-feira, 27 de abril de 2010

Porque que tem que ser assim ?

Antes era tudo uma calmaria, a tranquilidade era o principal adjetivo. A única coisa de engraçada nessa história é como simplesmente uma única pessoa pode acabar com tudo. Era uma vez... ok, isso não é um conto de fadas e muito menos terá um final feliz.

Era domingo de manhã, eu acabara de acordar, o sono era predominante, mas com coragem consegui me levantar. Logo pude perceber que estava sozinha em casa, de longe avistei um bilhete que dizia “fomos ao cinema, tem bolo e suco. Voltamos logo” é, ainda bem que me deixaram...

Depois da rotina diária, fui ligar pra minha melhor amiga; ela acaba de saber que entrou uma garota nova em nossa sala, seu nome era Roberta. Ficamos mais ou menos uma hora e meia no telefone.

No dia seguinte, levantei cedo, minha ansiedade era predominante em meu corpo, queria muito conhecer a Roberta; Chegando na escola, avistei primeiramente Flavia, minha melhor amiga, afinal, era impossível não percebê-la, seu jeito “nem um pouco extravagante” de ser invadia a sala inteira. Ao fundo, avistei uma garota, muito linda por sinal, seria Roberta? Ela era quieta, mas diferente de Flavia, era o seu jeito simples e nem um pouco chamativo, que tirou a atenção de toda a sala.

Resolvi me sentar perto dela, logo me apresentei, e sim, era ela Roberta; perto de ser um dia tão perfeito, meu professor de matemática chega com a noticia de uma prova surpresa, ele sabe exatamente como piorar tudo! Após o sinal, toda turma resolveu vir falar com a novata, era ridículo o modo na qual eles tentavam chamar a atenção dela. Rô (ela prefere assim) apenas ria.

No intervalo, chamei-a para vir comigo e ela aceitou, começamos a conversar (eu ela e fla) sobre os 14 anos da Flavia, que seria no final de semana, com direito a DJ e tudo mais. Flavia, por sorte tinha um convite em sua bolsa e acabou convidado a Ro para ir também, ela disse que iria ver com seus pais.

Quarta feira chamei Flavinha para ir em uma loja de roupas comigo, escolher algo para usar em seu aniversário. Quando já terminamos de ver tudo, fomos ao shopping tomar um lanche, por PURA sorte, achei o menino da minha escola, o Filipe, na qual eu sou apaixonada. Mas, ele passou por mim como se nunca tivesse me visto, vendo minha decepção Flavinha correu até ele. Quis mata-lá. Ele veio, me cumprimentou, e foi saindo. Do que adiantou? Garotos...

Resolvi contar sobre o Filipe para a Ro, ela achava tão lindo essa história!

Enfim sábado chegou, 20hrs em ponto toda a turma já estava no salão para comemorar a festa da Fla. Devo confessar que a decoração estava meio fora de moda (não entendo nada de moda, mas qualquer um podia enxergar!) Umas plumas rosas penduradas por todo salão estrelinhas brilhantes, o nome dela escrito em todo lugar, BOM. Até então, Ro não tinha chego, será que ela não viria? Perderia a festa mais cafo..quer dizer, a festa da Fla ? quando termino de me perguntar e olho pra trás, lá está ela, toda deslumbrante, parecia uma Barbie que acabara de sair de uma fabrica. IMPECÁVEL!

A festa parou, e o pior, o Filipe também. Não queria dizer nada, eu sou do tipo que sofro em silencio!

Flavinha pede para que eu a ajude a trocar de roupa, quando subo as escadas, paro para olhar a festa lá de cima, e, UAU, não tinha percebido que estava tão cheio. Ao sentir falta de Ro, vasculho detalhadamente cada pessoa, até que eu a acho. MAS NÃO, não poderia estar acontecendo o que eu estava vendo; nesse exato momento caiu uma lágrima de meus olhos.

Roberta e Filipe agora estavam nos sofás (rosas)se beijando. Mas porque? Ela sabia do meu sentimento por ele! Ajudei a Fla se arrumar em silencio, sua felicidade era tamanha que nem tinha percebido minha angustia. Descemos; falei pra Fla que minha mãe tinha me ligado e que eu precisava ir embora, como uma boa melhor amiga ela quis entender o que estava acontecendo. Não tive tempo suficiente para explicar, sai correndo chorando muito.

Chegando em casa foi AQUELA indagação, não estava nem ai para as perguntas, queria mais era me afogar num travesseiro.

Desde aquele dia, não olho mais para a cara de Roberta, e falando nela, Filipe pediu ela em namoro, ela fez questão de olha pra minha cara rir e aceitar.

Não sei como ela se aproximou de Flavinha, agora a usa contra mim, perdi minha melhor amiga, meu futuro namorado, minha reputação... foi tudo por água abaixo, o mais incrível é que tudo aconteceu no mesmo dia.

Vontade de morrer é o que não me falta....