O ponto onde quero chegar é a realidade.
Eu não quero que gostem de mim por eu ter tal coisa, apenas quero que gostem de mim, mais nada! Ou melhor, quero que quem sentir-se a vontade goste de mim.
Hoje estou aqui, sentada, na beira da escada, vendo a movimentação do intervalo acontecer. As pessoas riem, brigam, choram, se isso fosse um filme, qual seria a trilha sonora?
Eu quero ficar perto, de tudo que me agrada até o dia que eu mudar de opinião. Aninha chega. Ela olha pra mim, ri e fala que eu estou parecendo uma estátua viva, não movimentava um músculo mais ou menos há três minutos.
Ana era complexa, porém muito amorosa. Ela implicava com cada fio de cabelo, era desnecessário parar para ouvi-la. Ela diz que meu jeito arrogante de ser, e principalmente, o meu orgulho a incomodava. Virei a ela e disse que era o meu jeito, e claro, ela interpretou de forma errada, achando que minha ignorância estava em seu ponto mais elevado.
Assim como não há pessoas que sejam, eu também não sou perfeita, afinal, nem um pouco perfeita (tenha certeza que uma menina de óculos “fundo de garrafa”, aparelho, e com uma pele totalmente lotada de imperfeições da juventude nunca será perfeita), mas assim como Ana é cautelosa e extremamente perfeccionista, eu sou sim-admito-, arrogante e ignorante.
Várias pessoas já comentaram sobre minha tamanha cratera a beira de perfeição, mas o que eu posso fazer? Mudar? Acha que eu nunca tentei ser alguém totalmente dócil? E, bom, isso faz parte de minha personalidade, é uma marca minha! Tais teorias é o que me fazem ser única, em um mundo com milhões de pessoas, que pateticamente procuram ser o que não são, pra que? Isso sim, pra mim é um problema.
Só queria que todos entendessem -principalmente aninha- que eu sou assim! Qual seria a graça de um mundo com personalidades iguais? Pra que se envolver com alguém que é igual a você? Assim como eu tenho a certeza, quero que você também tenha que alguém admira esse seu jeito, independente de seu estilo, como ignorância, inocência, pureza, vergonhoso (a), tanto faz. O mais importante é você se aceitar, e ter orgulho de ser quem você é. Ah, e os outros? Bom, deixem que falem... mau sabe eles o quanto é bom ser autentico!